Criopreservação de sêmen humano
Cryopreservation of human semen
Femina; 33 (9), 2005
Publication year: 2005
Os primeiros relatos sobre a resistência de espermatozóides a baixas temperaturas, são do século XVIII. Desde então, tem-se investido como melhorar o processo de criopreservação. Atualmente, o sêmen criopreservado pode ser utilizado em várias situações. A criopreservação é indicada rotineiramente para o tratamento de casais inférteis com causa masculina. Pacientes com patologia oncológica que se submeteram a tratamentos quimioterápico e radioterápico mantêm sua fertilidade, quando podem criopreservar o sêmen. A criopreservação de espermatozóides promove danos celulares por diversos mecanismos. Entre os fatores responsáveis por essas crioinjúrias, destacamos: a taxa de queda na temperatura durante o processo, a forma de acondicionamento das amostras a serem criopreservadas, os meios crioprotetores, a forma de manutenção dessas amostras, a taxa de aquecimento durante o descongelamento e variações individuais. Os resultados de tratamentos que utilizam técnicas de reprodução assistida, como Fertilização in vitro e Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóides, dependem da qualidade seminal, que está refletida na motilidade e na morfologia espermática. Ainda não há um consenso na literatura sobre qual a melhor técnica para criopreservação de espermatozóides, mostrando a necessidade de novos estudos, para que a qualidade seminal seja cada vez menos afetada durante o processo