A mastite lactacional, importante causa de desmame, é caracterizada por um processo inflamatório na mama, durante a lactação. Sua incidência variavel de 2 a 33 porcento, com maior ocorrência nas três primeiras semanas do puerpério. A principal causa da mastite lactacional é a estase do leite, associada à infecção. Em relação à fisiopatologia, quando se esgotam os mecanismos de proteção da lactante contra infecção e a estase não é resolvida, o processo inflamatório e o crescimento bacteriano se instalam. A aderência bacteriana pode ser facilitada pelo menor movimento do leite. Embora a simples presença de bactérias no leite não indique necessariamente infecção, o principal agente infeccioso é o Staphylococcus aureus. O diagnóstico geralmente é clínico, baseado em sintomas como dor, edema, calor e vermelhidão na área afetada da mama, podendo associar-se a manifestações sistêmicas, semelhantes às da síndrome gripal. O tratamento é baseado na remoção efetiva do leite da mama, antibioticoterapia, medicamentos sintomáticos e tratamento de suporte. Evitar a estase do leite é o aspecto mais importante no trabamento e prevenção. Para fins didáticos, neste estudo a mastite foi dividida como infecciosa, não-infecciosa e subclínica