Atualmente, várias técnicas que visam à biopsia de lesões mamárias são conhecidas em larga escala. Destacam-se a punção aspirativa por agulha fina (PAAF), a core biopsy, a cirurgia aberta e, recentemente, a mamotomia. Este estudo objetivou avaliar a precisão da mamotomia para obtenção de material para estudo histopatológico e a sua eficácia na terapêutica das respectivas lesões mamárias. Foram avaliadas 100 pacientes com 128 lesões, de tamanho igual ou menor a 2,82 cm, visualizadas por ultra-sonografia ou mamografia na clínica SONITEC - Diagnóstico Médico por Imagem, em Florianópolis - Santa Catarina, no período de julho de 2001 a setembro de 2004. Setenta e oito lesões (60,94 porcento) foram visualizadas apenas pela ultrasonografia, 10 (7,81 porcento) foram visualizadas apenas pela mamografia e 40 (31,25 porcento) por ambos os exames. A mamotomia teve orientação ultra-sonográfica em 118 (92,19 porcento) lesões e mamográfica com estereotaxia em 10 (7,81 porcento) lesões. Não houve caso de material insuficiente para o diagnóstico. A presença de hematoma em 10 (10 porcento) pacientes, 2 (2 porcento) com necessidade de drenagem e lipotímia em 1 (1 porcento) paciente, foram as complicações. As lesões foram totalmente removidas em 96,33 porcento dos casos e parcialmente em 3,67 porcento, excetuando-se as 19 lesões não reavaliadas. A mamotomia guiada por ultra-sonografia ou por mamografia com estereotaxia mostrou-se método diagnóstico preciso (100 porcento) para obtenção de material para estudo histopatológico e eficaz (96,33 porcento) na terapêutica de lesões mamárias benignas.