Em 2006, estima-se que o câncer de mama será o mais incidente entre a população feminina brasileira, com um total estimado de 49.000 novos casos. A impossibilidade de se evitar que ocorra a doença faz as estratégias de controle fixarem-se na detecção precoce, no diagnóstico correto e no tratamento apropriado. Testemunha da dificuldade para o diagnóstico e tratamento da doença foi realizado, no Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, um levantamento que visa definir o perfil das mulheres submetidas à mamografia e avaliar a qualidade do atendimento médico que lhes é prestado. Através de um questionário, aplicado em 482 mulheres, constatou-se que a idade das mulheres variou entre 24 e 88 anos, 311 mulheres delas eram menopausadas e 411 já haviam feito, ou faziam, algum tipo de reposição hormonal. A maioria era secundípara, com idade média na primeira gestação de 22,88 anos e o tempo médio de amamentação de 10 meses. O exame físico prévio à solicitação da mamografia foi realizado em 89 porcento das mulheres. A mamografia nunca havia sido feita por 28,3 porcento daquelas com mais de 40 anos - e o principal motivo foi a não solicitação pelo médico (85,71 porcento): apesar de, em sua maioria, serem atendidas em serviço de referência e universitário.