Importância da infecção anal pelo HPV em mulheres
Importance of Anal HPV Infection in women
Femina; 39 (2), 2011
Publication year: 2011
O presente estudo visa realizar uma revisão da literatura em relação ao diagnóstico e tratamento das mulheres com infecção anal pelo HPV. A frequência do câncer anal, antes considerada baixa, tem apresentado elevação considerável nos últimos 30 anos, com aumento de 40% de incidência entre as mulheres. Já é conhecido que a infecção anal por subtipos específicos do HPV predispõe o indivíduo à neoplasia intraepitelial anal, que pode evoluir para o câncer anal, estabelecendo a relação causal entre o vírus e essa neoplasia, com patogenia de transformação maligna similar ao câncer do colo uterino. Nenhuma normatização em relação ao rastreamento das mesmas foi proposta até o momento, mas é estabelecido que, por se tratar de infecções geralmente assintomáticas, seriam necessários exames específicos para seu diagnóstico, como citologia oncótica, anuscopia e técnicas moleculares para a detecção de DNA. Atualmente, há procedimentos tópicos e invasivos ou ablativos para o tratamento dessas lesões. Diante da alta prevalência da infecção anal pelo HPV e do novo conceito de doença sexualmente transmissível para o câncer anal, torna-se necessário o desenvolvimento e aplicação de protocolos de rastreamento, garantindo diagnósticos e tratamentos precoces, com diminuição da morbimortalidade, aumento da sobrevida e melhora da qualidade de vida das pacientes.(AU)
The present study aims to review the literature regarding the diagnosis and treatment of women with anal HPV infection. Despite having been considered low, the frequency of anal cancer has shown an important increase in the last 30 years, with an increment incidence of 40% among women. It is known that anal infection by specific subtypes of HPV predisposes individuals to anal intraepithelial neoplasm, which may progress to anal cancer, establishing the causal relation between the virus and this cancer, with the pathogenesis of malignant transformation similar to cervical cancer. However, no standardization regarding their management has been proposed so far. Being generally asymptomatic, the majority of anal HPV infections would require specific tests such as smear cytology, anuscopy and molecular techniques for detection of DNA for diagnosis. Currently, there are local and invasive procedures or ablative treatment for such lesions. Given the high prevalence of anal HPV infection and the new concept of sexually transmitted disease for anal cancer, it is necessary to develop and implement protocols for screening, ensuring early diagnosis and treatment. Thus, with the decrease of morbidity and mortality, it will be possible to increase survival and improve quality of life of patients.(AU)
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