Uso e dependência de cocaína/crack na gestação, parto e puerpério
Cocaine/crack use and dependence in pregnancy, delivery and puerperium

Femina; 41 (1), 2013
Publication year: 2013

O uso de cocaína/crack entre gestantes está aumentando, o que traz riscos para a saúde da mulher e do recém-nascido. Uma estimativa exata da prevalência do uso destas drogas na gestação é difícil, dado o policonsumo e a superposição de fatores sociais. O crack é a forma de base livre da cocaína utilizado por via inalatória.

Os principais efeitos da droga observados no corpo humano são:

taquicardia,hipertensão, taquipneia, hipertermia, midríase, tensão muscular, contrações musculares, sudorese intensa,convulsões e até coma. Hemorragia intracraniana, acidentes vasculares encefálicos, isquemia mesentérica,insuficiência renal aguda e infartos renais são frequentes após uso abusivo da droga. A identificação do abuso de cocaína/crack por gestantes é um desafio, pois, além da negação, os sintomas podem ser confundidos com efeitos originados do abuso de outras substâncias ou a pré-eclâmpsia. As complicações maternas mais graves são descolamento prematuro da placenta, ruptura uterina, ruptura hepática, isquemia cerebral, infarto e morte.Em recém-nascidos expostos intraútero é observado baixo peso ao nascer, restrição no crescimento e risco de morte súbita. No atendimento ambulatorial às gestantes usuárias de drogas, o acompanhamento dos casos deve ser sistemático, periódico e multiprofissional, o que evidencia a necessidade de estruturação e fortalecimento da rede de atenção.(AU)
The use of cocaine/crack between pregnant women is rising and increases risks for mother and newborn child?s health. An exact number of these drugs users during pregnancy is hard to establish, because of many drugs used at the same time and the influence of social effects related. Crack represents the cocaine free base used by inhalation.

The most common drug effects observed in the human body are:

tachycardia, hypertension, tachypnea, hyperthermia, mydriasis, muscle tension, muscle contractions, intense sweating, seizures and even coma. Intracranial hemorrhage, stroke, mesenteric ischemia, acute renal failure and renal infarctions are common after drug abusing. Identifying the abuse of cocaine/crack during pregnancy is a challenge, because, beyond the denial, the symptoms can be confused with effects generated by the use of other drugs at the same time or preeclampsia. The most serious maternal complications are placenta previa, uterine rupture, ruptured liver, brain ischemia, infarction and death. Newborns exposed in utero present low birth weight, growth restriction and risk of sudden death. In women drug users attendance, case monitoring should be systematic, regular and multiprofessional, which highlights the need for structuring and strengthening health network.(AU)

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