Transplante renal e gestação
Kidney transplantation and pregnancy

Femina; 42 (2), 2014
Publication year: 2014

O transplante renal é considerado o melhor tratamento para a doença renal terminal. Essa terapia tem avançado em diversos aspectos, contribuindo para que pacientes transplantadas em idade fértil possam ter uma gestação bem-sucedida. Foi conduzida revisão da literatura nas bases de dados Periódico Capes e PubMed/MEDLINE no período entre 1998 e 2013, visando melhor compreensão e acompanhamento de gestantes submetidas a transplante renal.O sucesso dessas gestações depende de vários fatores, incluindo planejamento pré-concepção minucioso baseado na saúde geral da paciente, função do enxerto, história de rejeição, pressão arterial sistêmica, proteinúria e ultrassom do enxerto. Há relatos de nascidos vivos em torno de 70% dessas gestações, com mortalidade perinatal de 10%, deterioração do enxerto em 5% dos casos, e média temporal entre o transplante e a gestação de aproximadamente três anos. As principais complicações foram maiores taxas de parto cesáreo, hipertensão arterial sistêmica e parto pré-termo. Embora a frequência de complicações perinatais descrita nessa população seja elevada, o transplante renal não é considerado uma contraindicação para a gestação. É necessário melhor avaliação dos efeitos dos agentes imunossupressores sobre o feto e o recém-nato para garantir segurança do uso dessas drogas durante a gestação e a amamentação.(AU)
Renal transplantation is considered the best treatment for end-stage renal disease. This therapy has advanced in many ways, contributing to transplanted patients of childbearing age can have a successful pregnancy. It was conducted a literature review in Capes Journal and PubMed/MEDLINE database between the period of 1998 and 2013, aiming at better understanding and monitoring of pregnant women who underwent renal transplantation. The success of these gestations depends on diverse factors, including a thorough preconception planning based on the patient general health, graft function, history of rejection, systemic blood pressure, proteinuria and graft ultrasound. There are reports of live births in about 70% of the gestations, with a perinatal mortality of 10%, graft deterioration in 5% of the cases, and temporal average between the transplantation and the gestation of approximately three years. The main complications were higher rates of cesarean delivery, systemic arterial hypertension and preterm birth. Although the frequency of perinatal complications described in this population is high, renal transplantation is not considered a contraindication to pregnancy. It is necessary better assessment of the imunossupressors agents effects on the fetus and newborns to ensure safety of the use of these drugs during pregnancy and breastfeeding.(AU)

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