Femina; 43 (2), 2015
Publication year: 2015
Introdução:
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença grave, crônica, de origem autoimune, mais prevalente entre as mulheres. Devido à melhora da terapêutica, crianças e adolescentes têm se beneficiado de maior sobrevida, devendo-se orientar sobre contracepção, evitando assim uma possível gravidez, em uso de terapia com risco de teratogenicidade. Objetivo:
Avaliar o tipo de contracepção mais adequada em portadoras de LES, de acordo com a fase da doença. Métodos:
Esta revisão sistematizada utilizou as bases de dados: Medline (PubMed), SciELO, LILACS e Google Acadêmico, usando como estratégia de busca "Systemic lupus erythematosus" AND "Contraception". Resultados:
Sete estudos foram selecionados para avaliação da anticoncepção hormonal em pacientes portadoras de LES. As pacientes com anticorpo antifosfolipídeo positivo (aPL+) ou desconhecido apresentam restrição aos métodos hormonais, sendo o DIU de cobre o único método indicado. Em pacientes com trombocitopenia severa, qualquer método pode ser usado, apenas o início da contracepção com injetável ou DIU de cobre são considerados categoria 3. O uso de anticoncepcionais só de progestagênio ou DIU de levonorgestrel reduz o volume do sangramento vaginal nestas pacientes. No caso de uso de imunossupressores, pode-se utilizar qualquer método, desde que não apresentem aPL+. Conclusão:
Métodos hormonais não devem ser utilizados em pacientes com aPL+. É importante rastrear a presença desses anticorpos, antes de iniciar a contracepção na paciente lúpica, além de adequar os diversos tipos de anticoncepção individualmente, de acordo com a forma de administração que melhor se adapte a aquele momento de vida.(AU)
Introduction:
The Systemic Lupus Erythematosus (SLE) is a serious and chronic disease with an autoimmune origin, more prevalent among women. Due to improvement of the therapeutic, children and adolescents have been benefited with greater survival and must be guided on contraception, thus avoiding a possible pregnancy, in use of therapy with risk of teratogenicity. Objective:
To evaluate the most appropriate type of contraception in women with SLE, according to the stage of the disease. Methods:
This critical review has used the databases of: Medline (via PubMed), SciELO, LILACS and Google Scholar, using as search strategy "Systemic lupus erythematosus" AND "Contraception". Results:
Seven studies were selected for the evaluation of hormonal contraception in women with SLE. Patients with positive antiphospholipid antibody (aPL+) or unknown present restriction on hormonal methods, being the copper IUD, the only suitable method. In patients with severe thrombocytopenia, any method can be used, only the beginning of contraception with injectable or copper IUDs are considered category 3. Only progestogen contraceptives or levonorgestrel IUD reduce the amount of vaginal bleeding in these patients. In the case of use of immunosuppressants may be used any method, provided they do not exhibit aPL+. Conclusion:
Hormonals methods should not be used in patients with aPL+. It is important to track the presence of these antibodies before starting contraception in lupus patients, in addition to adjust different types of contraception for each patient according to the form of administration which best suits the moment of their lives.(AU)