Os autores apresentam a experiência de 22 anos de tratamento das crises blásticas da leucemia mielóide crônica (LMC) no Instituto Estadual de Hematologia "Artur de Siqueira Cavalcanti". Após o diagnóstico da LMC de 212 pacientes matriculados neste período, 74 (60%) desenvolveram crise blástica em 36 + ou - 30 meses. A sobrevida média dos pacientes tratados com 11 esquemas quimioterápicos diferentes foi de 4 + ou - 5 meses (sobrevida semelhante à descrita na literatura). Näo houve diferença estatisticamente significativa entre a sobrevida após o uso dos referidos esquemas. Os autores enfatizam a importância da classificaçäo citológica da crise blástica, devido ao melhor prognóstico do tipo linfoblástico e concluem que até a presente data näo há esquema quimioterápico satisfatório para tratamento da crise blástica da LMC