GED gastroenterol. endosc. dig; 31 (1), 2012
Publication year: 2012
Racional:
o câncer de esôfago é muito frequente no Brasil e, conforme Ministério da Saúde, em 2010 ocorreram cerca de 7.890 novos casos em homens e 2.740 em mulheres. Objetivo:
analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com neoplasia de esôfago submetidos a tratamento cirúrgico no Hospital Universitário Walter Cantídeo da Universidade Federal do Ceará, no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2010. Métodos:
estudo descritivo, transversal, quantitativo e retrospectivo, avaliando 92 pacientes tratados no Serviço. Resultados:
o sexo masculino correspondeu a 75% dos pacientes estudados e a idade média encontrada foi de 63 anos. A disfagia e a perda ponderal estiveram presentes em 100% dos pacientes; o etilismo e o tabagismo foram os fatores de risco mais prevalentes. A localização do tumor que esteve mais frequente foi no esôfago médio, predominando o carcinoma epidermoide (75%). Os tumores T3 (46%) e estádio III (61%) representaram a maioria dos casos, evidenciando uma maior porcentagem de doença avançada no momento do diagnóstico. A esofagectomia trans-hiatal (38%) radical foi a modalidade terapêutica mais realizada no serviço. Conclusão:
as neoplasias de esôfago seguem o perfil encontrado na literatura, revelando maior prevalência de doença avançada no momento do diagnóstico e, portanto, traduzindo um prognóstico reservado para este tipo de neoplasia.
Background:
esophageal cancer is very common in Brazil and according to the Ministry of Health in 2010 there were about 7,890 new cases in men and 2,740 in women. Objective:
To analyze the epidemiological profile of patients with esophageal cancer underwent surgery at University Hospital Walter Cantídeo Federal University of Ceará, from January 2001 to December 2010. Method:
cross-sectional, quantitative and retrospective study evaluating 92 patients treated at the Service. Results:
males comprised 75% of the patients with the mean age was 63 years. Dysphagia and weight loss were present in 100% of patients and alcohol consumption and smoking were the most prevalent risk factors. The location of the tumor was most frequent in the medium esophagus, predominantly squamous cell carcinoma (75%). T3 tumors (46%) and stage III (61%) were the majority of cases, showing a higher percentage of advanced disease at diagnosis. The transhiatal esophagectomy (38%) was the most commonly performed therapeutic modality. Conclusion:
the cancer of the esophagus following the profile found in the literature, showing a higher prevalence of advanced disease at diagnosis and thus reflecting a poor prognosis for this type of neoplasia.