A análise morfométrica para avaliar a taxa de progressão da fibrose hepática na hepatite C crônica após o transplante renal: uma série de casos
Morphometric analysis to evaluate hepatic fibrosis progression rate in chronic hepatites C after kidney transplantation: a case serie study

GED gastroenterol. endosc. dig; 32 (1), 2013
Publication year: 2013

O verdadeiro papel do transplante renal na progressão da fibrose hepática causada pelo vírus da hepatite C ainda é imprevisível. A avaliação histológica do fígado é a melhor forma para estimar a evolução da fibrose, embora a análise semiquantitativa traz limitações importantes.

Objetivo:

aplicar um ensaio morfométrico quantitativo sobre a progressão da fibrose hepática em pacientes renais crônicos com hepatite C.

Métodos:

trinta pacientes foram inicialmente avaliados, mas apenas sete foram incluídos. Eles foram submetidos à primeira biópsia perto da data do transplante e a segunda biópsia, pelo menos, quatro anos mais tarde. A terapia imunossupressora adotada em todos os casos foi a azatioprina e micofenolato. A taxa de progressão da fibrose (FPR) foi calculada antes e após a data da cirurgia de cada paciente, de acordo com a classificação de Metavir pontuação e análise morfométrica.

Resultados:

a FPR calculada pelo escore Metavir não mostrou diferença estatística entre pré e pós-transplante (p = 0,9). A FPR calculada pela análise morfométrica foi de 0,58 ± 0,78 antes do transplante e 3,0 ± 3,3 após a cirurgia, com significância estatística entre estes valores (p = 0,0026).

Conclusão:

na amostra avaliada, a progressão da fibrose hepática foi documentada e quantificada apenas pela análise morfométrica, que é uma abordagem promissora para avaliação histológica desses pacientes.
The real role of renal transplantation in hepatic fibrosis progression caused by hepatitis C virus is still unpredictable. Histological evaluation of the liver is the best form to estimate fibrosis evolution, although semiquantitative analysis carries important limitations.

Objective:

to apply a morphometric quantitative assay on hepatic fibrosis progression in renal recipients with hepatits C.

Methods:

thirty patients were initially evaluated, but only seven were included. They underwent the first biopsy near the transplantation date and the second biopsy at least 4 years later. The immunosuppressant therapy adopted in all cases was azatioprine and micofenolate. Fibrosis progression rate (FPR) was calculated before and after the surgery date in each patient according to Metavir score and morphometric analysis.

Results:

the FPR calculated by Metavir score showed no statistical difference between pre- and post-transplantation (p=0.9). The FPR calculated by the morphometric analysis was 0.58 ± 0.78 before transplantation and 3.0 ± 3.3 after the surgery, with statistical signifycance between these values (p=0.0026).

Conclusion:

in the sample assessed, the progression of hepatic fibrosis was documented and quantified only by the morphometric analysis, which is as a promising approach to histological evaluation of these patients.

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