Perfil da gestante encarcerada em penitenciárias brasileira: importância da assistência à saúde da mulher
Pregnant incarcerated profile in the brazilian prison: the importance of assistance to women's health

J. Health Sci. Inst; 33 (3), 2015
Publication year: 2015

Objetivo – Avaliar a saúde da mulher encarcerada em uma penitenciária brasileira, por meio da revisão de prontuários. Métodos – Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo sobre a atenção à saúde da mulher encarcerada de uma penitenciária, o qual foram acompanhadas em uma unidade básica de saúde, no interior do Estado de São Paulo. Resultados – Participaram desse estudo 71 prontuários de mulheres gestantes encarceradas que foram acompanhadas de 2009 a março de 2014. E foram revisados. Foi identificado que a faixa etária da maioria das mulheres estudadas estava entre 18 a 28 anos (74%) e que tiveram início da vida sexual entre 12 a 22 anos (88%), com um a três parceiros sexuais no período de três meses (79%). O número de gestações entre as mulheres estudadas foi de uma a três (55%), sendo que 15% eram primigestas. Conclusões – Notou-se que, os números de consultas de pré-natal foram de uma a quatro consultas (78%), o que está abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde. Eram usuárias de tabaco, drogas ilícitas como maconha e cocaína, e também portadoras de doenças sexualmente transmissíveis. O estudo revelou a importância de se conhecer a saúde da mulher encarcerada, por se tratar de uma população marginalizada e jovem, sendo necessário fornecer subsídios para o resgate da cidadania dessa população e criar projetos e planos de educação e promoção em saúde mais fortalecidos e que tenham continuidade.
Objective – To evaluate the health of women incarcerated in a brazilian penitentiary, through chart review. Methods – This a retrospective and descriptive on the health care of incarcerated women of a penitentiary who were followed at a basic health unit in the state of São Paulo. Results – Participated in this study a total of 71 records of women incarcerated pregnant women who were followed from 2009 to March 2014. And were reviewed. It was identified that the age of most of the women studied were between 18-28 years (74%) and who had onset of sexual activity between 12-22 years (88%), with one to three sexual partners in the three months ( 79%). The number of pregnancies among the women studied was between one and three (55%), and 15% were primiparous. Conclusions – It is noticed that the numbers of prenatal consultations were one to four (78%), which is below the recommended by the Ministry of Health. They were tobacco users, illegal drugs such as marijuana and cocaine, as well as carriers sexually transmitted diseases. The study revealed the importance of knowing the health of incarcerated women, because it is a marginalized young people, being necessary to provide subsidies for the recovery of citizenship of this population and create more strengthened projects and health education and promotion plans and that is maintained.

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