Qualidade de vida pode ser definida como a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Na área médica e das ciências humanas, há muito interesse sobre o tema, em virtude das condições sabidamente estressantes vividas pelos acadêmicos destas áreas. O objetivo deste trabalho é conhecer e avaliar a qualidade de vida dos acadêmicos de Medicina e de Direito na Universidade Federal de Juiz de Fora. Aplicou-se o questionário WHOQOL-bref a 232 alunos do primeiro, quinto e nono períodos dos cursos de medicina e direito, abrangendo 62,91% dos alunos de medicina e 67,50% dos alunos de direito. A grande maioria considera possuir "boa" ou "muito boa" qualidade de vida (90,12% dos alunos de direito e 86,75% dos de medicina), embora, no nono período de medicina, 33,33% dos acadêmicos considerem sua qualidade de vida "nem ruim nem boa", sugerindo uma piora da qualidade de vida no decorrer do curso de medicina. A qualidade de vida dos alunos estudados foi semelhante, considerada boa ao longo de todo o curso. Pôde-se concluir que, ao longo dos cursos médico e de direito na Universidade Federal de Juiz de Fora, mesmo vivendo sob pressões e exigências do dia-a-dia, os estudantes geralmente mantêm, de forma equilibrada e boa, a sua qualidade de vida, sendo capazes de equacionar e superar as conhecidas e esperadas dificuldades.