Os avanços no tratamento da doença inflamatória intestinal garantiram melhor controle da doença e qualidade de vida para seus pacientes. Como consequência, cada vez mais mulheres portadoras desta enfermidade estão se sentindo seguras para engravidarem. O presente estudo busca demonstrar os possíveis desfechos entre doença inflamatória intestinal e gravidez, assim como a segurança no uso dos principais medicamentos para tratamento desta enfermidade durante a gestação e o aleitamento materno. Após revisão da literatura, observamos que o principal fator determinante de complicações durante a gravidez é a própria atividade inflamatória da doença neste período e não o uso de drogas imunossupressoras. Dentre as drogas mais utilizadas por estas gestantes apenas o metotrexate é formalmente contra-indicado na gravidez e é considerado como categoria X pelo Food and Drug Administration. Excluindo a ciclosporina, o metotrexate e o metronidazol, o aleitamento é recomendado dentre as usuárias das demais medicações, respeitando algumas vezes, o intervalo entre a sua administração e o ato de amamentar.