Psychiatry, bio-epistemes and the making of adolescence in southern Brazil
Psiquiatria, bioepistemes e a formação da adolescência no sul do Brasil
Hist. ciênc. saúde-Manguinhos; 23 (1), 2016
Publication year: 2016
Abstract Drawing on an ethnographic study in southern Brazil, this paper explores how therapists’ attempts to “resist bioreductionist” pharmaceutical use both succeed and crumble. Using a comparative framing, I show that pharmaceuticalization can become an anesthetizing “lid” that interacts with young people’s polarizing micro-politics and is an outgrowth of multi-generational medico-political family histories. This lid, however, is not air-tight and exceptionalities are born out of these very same histories. I argue that both pharmaceuticalization and exceptions to it emerge not through “resistance” to biopsychiatric logics but from the transformative possibilities that the patterned co-production of social, political, and psychiatric life affords.
Resumo Baseado em um estudo etnográfico no sul do Brasil, este artigo explora tentativas frustradas e bem-sucedidas de terapeutas em uma “resistência biorreducionista” a medicamentos. Comparativamente, busco mostrar que a farmaceuticalização pode se tornar uma “rolha” entorpecedora que interage com a micropolítica polarizante dos jovens, e é fruto de histórias familiares médico-políticas em várias gerações. Contudo, essa rolha não está bem vedada, dando margem a exceções nessas histórias. Acredito que a farmaceuticalização e as exceções não surjam da “resistência” à lógica biopsiquiátrica, mas sim de possibilidades transformativas na coprodução padronizada da vida social, política e psiquiátrica.