Arq. odontol; 52 (2), 2016
Publication year: 2016
Objetivo:
Avaliar a eficácia e a eficiência do autocontrole de placa em primeiros molares permanentes.
Métodos:
Participaram 278 escolares de 6 a 8 anos de duas escolas públicas de Belo Horizonte-MG com
amostra calculada por estimativa de proporção. Os exames foram realizados, sem prévia escovação dentária,
na escola com consultório móvel, por uma profissional calibrada. Os dentes foram categorizados quanto ao
estágio de erupção:
não erupcionado (0), parcialmente erupcionado (1), totalmente erupcionado (2) e quanto
à presença de placa estagnada na superfície oclusal: sem placa visível (0), restrita a sulcos e fissuras (1),
facilmente detectável (2) e totalmente coberta por placa (3). Foram desenvolvidas atividades coletivas de
orientação para escovacão, com ênfase no primeiro molar permanente. Após 6 meses, outra avaliação foi
realizada juntamente com o reforço à orientação da escovação. Os dados foram submetidos ao teste de Mann-
Whitney e à regressão logística. Resultados:
Os dentes em processo de erupção mostraram maior possibilidade
de apresentar placa que aqueles com completa erupção (Odds Ratio=0,52 [0,40-0,68]; p<0,0001), no exame
inicial. Foi observada uma redução de 13% da presença de placa estagnada nos primeiros molares permanentes
após o trabalho educativo. O tempo despendido para o programa foi de aproximadamente 53 horas, com custo
total de R$ 637,34 (~1,23/criança). Conclusão:
A orientação para uma técnica de escovação com remoção de
placa estagnada no primeiro molar permanente mostrou-se eficaz e eficiente para o controle da cárie dentária,
sobretudo quando o mesmo se encontra em infra-oclusão.(AU)
Aim:
To evaluate the effectiveness and
efficiency of plaque self-control in first permanent
molars. Methods:
Two hundred seventy eight
schoolchildren, 6-8 years of age, from two public
schools in the city of Belo Horizonte, MG, Brazil,
participated in this study. The sample was calculated
by an estimate of proportion. The examinations were
performed without prior tooth brushing at schools with
mobile dental offices by two calibrated professionals.
The teeth were categorized according to the eruption
stages:
not erupted (0), partially erupted (1), and
fully erupted (2), as well as regards the presence of
stagnant plaque on the occlusal surface: without
visible plaque (0), restricted to pits and fissures (1),
easily detectable (2), and fully covered by plaque
(3). Collective dental advice activities for proper
tooth brushing were developed with emphasis on
the first permanent molar. After six months, another
evaluation, along with reinforcement of advice on
proper tooth brushing, were performed. The data were
submitted to the odds ratio (OR), Mann-Whitney
test, and logistic regression in BioEstat 5.3 program.
Results:
Teeth in the eruption process showed a greater
probability of presenting plaque than did those after
full eruption (OR=0.52 [0.40-0.68]; p <0.0001), in the
first examination. A reduction of 13% in the presence
of stagnant plaque in the first permanent molars
was observed after having provided educational
advice. The partially erupted teeth showed a greater
reduction of the presence of plaque (18%) than did
the teeth after full eruption (13%). The time spent
for the program was approximately 53 hours, with a
total cost of R$637.34 (~R$1.23/child). Conclusion:
Dental advice for proper brushing techniques to
remove stagnant plaque on the first permanent molar
was effective and efficient in the control of dental
caries, especially when in infraocclusion.(AU)