Propósito:

avaliar as mudanças radiográficas ao nível da crista óssea em implantes dentários restaurados imediatamente até cinco anos pós-inserção em pacientes com histórico de periodontite.

Material e Métodos:

pacientes previamente tratados para periodontite crônica que necessitavam de uma restauração total na maxila ou mandíbula, ou uma restauração parcial na zona estética, foram tratados. A cirurgia implantar inclui a extração dos dentes comprometidos, debridamento ao redor dos dentes naturais remanescentes e inserção dos implantes com guia cirúrgico. Uma restauração provisória parafusada pré-fabricada foi colocada imediatamente nos implantes selecionados. Radiografias periapicais foram feitas na colocação do implante, seis e 12 meses após a cirurgia e depois anualmente. A distância entre a crista alveolar e o ombro do implante foi mensurada nos aspectos mesial e distal de cada implante. Mudanças ósseas (BC) e a taxa anual de mudança óssea (Rate) foram calculadas para o primeiro ano e nos quatro anos seguintes.

Resultados:

o BC total (média ± desvio padrão) do ponto inicial aos cinco anos (BCt0-t5) foi -1,41 ± 0,67 mm. O BC no primeiro ano (BCt0-t1) foi -1,14 ± 0,86 mm e o BC nos anos dois a cinco (BCt1-t5) foi -0,27 ± 0,69 mm. O Ratet0-t1 foi -0,98 ± 0,79 mm/ano e o Ratet1-t5 foi -0,06 ± 0,17 mm/ano; 57 dos 61 implantes disponíveis preencheram os critérios de perda óssea cumulativa, sendo não mais do que 1,5 mm no primeiro ano e 0,2 mm/ano em anos subsequentes. Quatro implantes (7%; IC 95%: 0,4% a 13,6%) não atingiram o critério.

Conclusão:

os implantes dentários em pacientes com história de periodontite mostraram mudanças ósseas radiográficas similares aos relatos prévios na literatura. Após o primeiro ano, implantes restaurados imediatamente exibiram perda óssea na crista similar a dos implantes restaurados convencionalmente.