Utilização de mapas no campo da epidemiologia no Brasil reflexões sobre trabalhos apresentados no IV Congresso Brasileiro de Epidemiologia
Maps utilization in epidemiological field of Brazil Reflections about studies showed in IV Congresso Brasileiro de Epidemiologia
Inf. epidemiol. SUS; 8 (2), 1999
Publication year: 1999
A utilização de mapas em epidemiologia tem crescido de forma marcante nos últimos anos. Esta ferramenta, no entanto, não é nova e pressupõe uma forte base teórica e tecnológica. Como forma de avaliar o uso atual de mapas no Brasil, foram levantados os posters apresentados no IV Congresso Brasileiro de Epidemiologia que continham mapas. Estes mapas foram classificados segundo objetivos de ilustração da área de trabalho, demonstração de indicadores de saúde ou análise de dados espaciais. Um total de 131 trabalhos apresentaram mapas, representando 11% do total de trabalhos, sendo a maior parte destes utilizados como ilustração. Poucos trabalhos utilizaram mapas como meio de análise de eventos sanitários com expressão espacial, grande parte destes concentrados em algumas áreas temáticas e instituições. O acesso a bases de dados gráficos e não-gráficos, bem como a existência de equipes multidisciplinares, podem estar atuando como fatores limitantes ao uso de mapas na epidemiologia. A vigilância em saúde tem sido a maior beneficiária do uso de mapas, talvez por estes permitirem avaliar hipóteses de riscos que envolvem questões ambientais, socioeconômicas e de dinâmica de doenças
The use of maps in epidemiology has been increasing in the last years. Nonetheless, this tool is not new and presupposes solid theoretical and technological basis. The current use of maps in Brazil was assessed by a survey of all posters presented at the IV Brazilian Conference of Epidemiology. The presented maps were classified according to their purposes, either as: illustration of the work area, demonstration of health indicators, or analysis of spatial data. An amount of 131 posters employed maps, representing 11% of the posters. Illustration was the major purpose of maps and few posters used maps as an analytic tool of sanitary events with spatial expression. A large part of these were concentrated in specific thematic areas and institutions. The access to graphic and non-graphic data bases, as well as the existence of multidisciplinary groups could be acting as limiting factors to the use of maps in epidemiology. Health surveillance has been benefited by the use of maps, due perhaps, to its capability to evaluate risk hypotheses that involve environmental, socioeconomic and disease dynamics factors