The teaching of the association between physical inactivity and noncommunicable diseases in physical education classes
Ensino da associação entre inatividade física e doenças e agravos não-transmissíveis nas aulas de Educação Física
Rev. bras. ativ. fís. saúde; 20 (2), 2015
Publication year: 2015
The study was conducted with physical education teachers from elementary and high schools in the urban area of Pelotas, southern Brazil, and identified the prevalence of those who taught the association of physical inactivity (PI) with non-communicable diseases (NCDs) during their classes. In addition, the moment when the content was discussed in the class and the length of time used for that purpose were investigated. We used a standardized questionnaire containing questions about the relationship between PI and NCDs, as well as information on demographic and socioeconomic aspects, career time, weekly labor hours and physical activity level. Overall, 188 teachers answered the census. Despite the high percentage of teachers who reported teaching at least one association between PI and NCDs (82.8%), obesity being the disease most frequently mentioned (84.7%), only 17.3% taught the association with cancer, 33% with osteoporosis and 11% of the teachers reported teaching the associations with all NCDs. As for obesity, the youngest age group (19-30 years) was the one that taught this association least frequently (p <0.001), with a reduction as their workload increased (p <0.03). A similar trend was observed regarding teaching the associations in the main part of the class (p <0.02) and the time devoted to teaching them in the main part of the class (p <0.006). Despite the high proportion of teachers who approached the associations between PI and NCDs during physical education classes, only the most disseminated associations by the media were taught by most teachers and by teachers with lower workloads. Health-related training activities should be offered to teachers, so that classes can include other contents beyond sports.
O estudo identificou a prevalência, entre os docentes de Educação Física do ensino básico da zona urbana de Pelotas/RS, aqueles que relacionavam a inatividade física (IF) com doenças e agravos não transmissíveis (DANTs) durante as aulas; além disto, foi verificado o momento da aula utilizado e o tempo destinado ao conteúdo. Utilizou-se um questionário padronizado contendo questões sobre a relação entre IF e DANTs, informações sobre aspectos demográficos, socioeconômicos, tempo de carreira, horas de trabalho semanais e nível de atividade física. Responderam ao censo 188 docentes. Apesar do elevado percentual de professores que relataram ensinar pelo menos uma associação entre IF e DANTs (82,8%), sendo a obesidade (84,7%) a doença mais relacionada, somente 17,3% ensinavam a relação com câncer, 33% abordavam a associação com osteoporose e 11% dos docentes relataram ensinar as associações com todas as DANTs. Em relação a obesidade, a faixa etária mais jovem (19-30 anos) era a que menos ensina sobre a associação (p<0,001) e houve tendência de reduzir o ensino desta associação à medida que aumentava a carga horária do docente (p<0,03). Tendência similar ocorreu com o ensino das associações na parte principal da aula (p<0,02) e com o tempo destinado ao ensino na parte principal (p<0,006). Concluiu-se que apenas as associações mais difundidas na mídia foram ensinadas pela maioria dos docentes e por docentes com menor carga horária. Ações de capacitação devem ser oferecidas aos professores para questões relacionadas à saúde, de modo que as aulas possam ser ministradas para além do esporte.