O autor estudou retrospectivamente 185 casos de condiloma virótico incipiente, correlacionando as variaçöes celulares morfológicas da infecçäo por HPV, o grau cito-histológico de displasia, a faixa etária das pacientes e o índice pinótico do epitélio vaginal normal. Salienta que o diagnóstico citológico de condiloma virótico näo pode ser baseado apenas no encontro de células coilocitóticas, pois representam 28,6% do material. Refere que outros tipos celulares säo mais freqüentemente observados nesta lesäo virótica, especialmente células displásicas mono ou binucleadas com esboço de coilocitose, associadas a células displásicas bi ou multinucleadas com marcante hipercromasia e encarquilhamento nuclear. Este tipo celular é o principal representante colpocitológico (66,2%) do condiloma virótico incipiente. Descreve a incidência do condiloma virótico atípico em 9,2% das displasias viróticas. Sugere que as variaçöes morfológicas observadas na citologia säo devidas em parte aos diversos tipos de HPV e näo a estádios evolutivos diferentes na carcinogênese. Por outro lado, os diferentes graus de atipias celulares podem estar relacionados a fases diferentes na evoluçäo da carcinogênese cervical e/ou a tipos de HPV com maior potencial carcinogênico