O uso de droga antiprostaglandinas, como a indometacina, é uma alternativa à qual o obstetra pode recorrer para inibir o trabalho de parto prematuro. Ministrando indometacina a três grávidas com o intuito de bloquear as contraçöes uterinas prematuras, observaram-se hepatite medicamentosa em duas delas. Com a finalidade de avaliar os possíveis efeitos hepáticos dessa droga, utilizaram-se seis ratas prenhes divididas em sete grupos experimentais.

Esses grupos foram formados considerando duas variáveis:

tempo de gestaçäo e dose de indometacina.

A funçäo hepática foi avaliada por testes laboratoriais usados na prática clínica:

(BD, BI, TGO, TGP, glicemia, colesterol e FA) e pelo exame anatomopatológico. Os resultados bioquímicos foram submetidos à análise de variância multivariada e mostraram näo haver alteraçöes indicativas de lesäo hepática. Histologicamente a alteraçäo mais evidente foi o infiltrado inflamatório linfoplasmocitário portal, encontrado tanto nos grupos controle quanto experimental. Concluiu-se que a indometacina, mesmo quando empregada em dose próxima à letal, em ratas prenhes, näo produziu alteraçöes hepáticas significativas. O fato de, em mulheres grávidas, a indometacina poder causar hepatite medicamentosa, pode ser atribuído à reaçöes de hipersensibilidade causada pela droga