Dopplerfluxometria da artéria umbilical na gestaçäo de alto-risco: importância da diástole-zero
Umbilical artery Doppler flowmetry in high-risk pregnancy: importance of absent end diastole
J. bras. ginecol; 98 (3), 1988
Publication year: 1988
Em 49 gestantes de alto-risco, 45 (91,8%) apresentando toxemia e/ou hipertensäo crônica, foram realizados 167 exames fluxométricos da artéria umbilical com o Doppler-contínuo-direcional (média: 3,4 exames/ paciente; variaçäo: 1-13). Os resultados da Dopplerfluxometria näo foram levados em conta para a conduçäo dos casos. considerando apenas o último exame de Doppler da artéria umbilical, 24 foram normais de 25 anormais; nesse último grupo, 11 tiveram diástole-zero. A Dopplerfluxometria da artéria umbilical guarda boa relaçäo com a cardiotocografia (CTG) basal, perfil biofísico fetal (PBF), índice de Apgar de 5 minutos, crescimento intra-uterino retardado (CIR) e mortalidade perinatal (MPN). Relevante é o comprometimento do concepto quando presente a diástole-zero na artéria umbilical: 100% das CTGs basais alteradas (90,9% dos traçados grave/terminal), 100% dos PBFs anormais (81,8% das notas <= 4), 81,8% dos índices de Apgar de 1 minuto < 7 (72,7% dos índices <= 4), 72,7% dos índices de Apgar de 5 minutos < 7 (54,4% dos índices <= 4), 81,8% de CIR e 63,6% de MPN. Nos grupos normal e anormal (excluídos os casos de diástole-zero) näo houve nenhum óbito perinatal