Com o objetivo de estimar o volume amniótico pela ultra-sonografia, o autor propöe modelo geométrico, semiquantitativo, que utiliza a razäo da área da bolsa amniótica e do abdome fetal, medida a nível da veia umbilical do concepto. Foram examinadas 1.010 gestantes normais, entre 20 e 40 semanas de prenhez, sendo que em todas elas o volume amniótico, avaliado qualitativamente pelo ultra-som e observado no parto, foi normal. Utilizou-se desta populaçäo para, através de programa de regressäo linear e exponencial, construir modelo matemático e curva de normalidade da razäo proposta em funçäo da idade gestacional. O poder de discriminaçäo do modelo estudado foi testado por outra populaçäo composta de 303 gestantes de alto-risco, sendo 94 com oligoidramnia, 181 com normoidramnia e 28 com polidramnia, casos estes igualmente diagnosticados por métdos ultra-sonográficos qualitativos e observados no parto. Os resultados mostraram que o método proposto seleciona corretamente 85 por cento (especificidade) dos casos de normoidramnia e 86 por cento (sensibilidade) dos casos de polidramnia, entre 20 e 40 semanas de prenhez. Em relaçäo aos casos de oligoidramnia, verificou-se ser impossível diagnosticá-los a partir de 38 semana de gestaçäo, sendo que em até 37 semana a curva seleciona 72 por cento (sensibilidade dos casos de diminuiçäo patológica do líquido amniótico. Por fim, o poder de discriminaçäo global do método utilizado foi de 77 por cento (eficiência)