Partindo de um breve histórico, da definiçäo de alguns conceitos e das tendências atuais em Psiquiatria, discutimos o papel do médico frente ao paciente, cujo sofrimento é "primariamente" clínico ou psíquico, e o papel da psicoterapia na prática médica. Utilizando evidências das modernas neurociências, sobretudo quanto ao funcionamento neuronal, ao aprendizado, à memória e à experiência, questionamos as divisöes de doenças em físicas e psíquicas, em orgânicas e funcionais. Os avanços de nossos conhecimentos representam, a nosso ver, näo apenas a possibilidade, mas a necessidade de um entendimento do funcionamento mental de forma integrada, exigindo uma abordagem do paciente igualmente integrada.