As 390 cepas de Staphylococcus aureus isoladas de lesoes de queimaduras e das fossas nasais, da saliva e das maos de pacientes e de funcionários, bem como as do ambiente/fômites da Unidade de Queimados do Hospital das Clínicas de Ribeirao Preto - USP, foram submetidas à açao de 12 antimicrobianos pelo método de Kirby-Bauer(2). O modelo de antibiograma proposto por Barber & Burston (1), aplicado às 390 cepas de S. aureus, permitiu a classificaçao em 12 modelos. O modelo RRSS foi o mais freqüente, com 168 cepas (43,1 por cento), seguido pelo SRSS com 76 cepas (19,5 por cento), bem como houve a prevalência do modelo RRSS, sobretudo nas lesoes (56,5 por cento) e no ambiente/fômites (26,2 por cento). As cepas isoladas dos pacientes eram mais resistentes à maioria dos antibióticos, exceto à penicilina e à ampicilina, em que as cepas isoladas dos funcionários e do ambiente/fömites foram mais resistentes. Estes dados alertam no sentido da necessidade de se empregar adequadamente o antibiótico que, sem dúvida, é de grande valor para o tratamento das infecçoes em queimados, mas que nao deve ser enfatizado como único caminho, relegando outras condutas a segundo plano.