Hipertensäo arterial após litotricia extracorpórea
Arterial hypertension post extracorporal lithotripsy
J. bras. med; 64 (5), 1993
Publication year: 1993
Com o objetivo de avaliar as alteraçoes nos níveis pressóricos causados pela litotrícia (ou litotripsia) extracorpórea por ondas de choque, 102 pacientes normotensos, com idades entre cinco e 81 anos, mediana de 40 anos, portadores de litíase renal, foram acompanhados por período mediano de 22 meses após o tratamento. Os pacientes foram divididos em dois grupos - grupo I (61 homens) e grupo II (41 mulheres). A avaliaçao desses pacientes foi feita através da medida da pressao diastólica e da pressao arterial média, antes e depois da litotricia. Consideramos hipertensao arterial quando a pressao diastólica mantinha-se acima de 90mmHg por um período de duas semanas. A quantidade de impulsos administrados para cada paciente variou de 1.250 a 6.000, mediana de 4.000 impulsos, a uma intensidade mediana de 18,1kV. Concluímos que a incidência de hipertensao arterial pós-litotricia extracorpórea por ondas de choque foi de 3,92 por cento, semelhante à da populaçao normal. Apesar disto, a medida da pressao diastólica foi estatisticamente superior em ambos os grupos após o tratamento. Nos pacientes do sexo masculino, a pressao diastólica se elevou de 79,67mmHg para 81,47mmHg e no sexo feminino variou de 76,58mmHg a 79,26mmHg. Da mesma maneira, a pressao arterial média foi igualmente superior no sexo feminino, passando de 89,88mmHg para 91,75mmHg. No sexo masculino a diferença nao foi estatisticamente significante, apesar de aumentar de 94,5mmHg para 95,8mmHg.