A sobrevida foi determinada, após a realizaçäo de radioterapia, quimioterapia, cirurgia e alguma associaçäo de duas ou mais dessas abordagens. A freqüência dos tipos histológicos e o estadiamento dos pacientes encaminhados para cada modalidade de tratamento foram determinados. Pacientes com neoplasia primária de pulmäo (diagnosticada no HCPA entre janeiro de 1980 e dezembro de 1989) foram acompanhados por no mínimo três anos. O estudo foi retrospectivo, tendo sido feito através de registros hospitalares e comunicaçäo com os pacientes por carta e telefone. A associaçäo de duas ou mais abordagens esteve sempre ligada à melhor sobrevida, mais do que quando as abordagens foram feitas de forma exclusiva. A cirurgia exclusiva mostrou estar mais relacionada com melhores tempos de sobrevida em nosso meio do que a radioterapia exclusiva, mas näo foi melhor do que a realizaçäo das duas abordagens em um mesmo paciente. Entre pacientes cirúrgicos (näo-exclusivos) a pneumonectomia mostrou piores resultados que a lobectomia, ao longo de 76 meses de acompanhamento. Por seu emprego em pacientes em estádios de comprometimento primários e com tipos histológicos de melhor prognóstico, a cirurgia apresenta-se em nosso meio como um tratamento mais eficaz que a radioterapia.