A dengue é hoje uma doença que acomete quase todo o País e com a qual os profissionais de saúde ainda não estão familiarizados. Em 1996 o Ministério da Saúde lançou o Manual de Dengue, no qual apresenta uma proposta de acompanhamento para os pacientes com suspeita clínica da doença. Objetiva-se, com isso, orientar os médicos do atendimento, do local ideal de atendimento, respeitando-se os níveis de complexidade do sistema de saúde e da doença. A conduta sobre a solicitação de exames, orientações e plano terapêutico e a necessidade de retorno agendado são também abordados. É preciso deixar claro que isto não é uma classificação de doença, mas sim uma proposta de estadiamento do momento em que se observa o paciente, podendo este, durante a evolução da doença, perpassar vários estágios ou não. Será abordada a necessidade de consulta médica, ou seja, deve haver diagnóstico e as consultas subseqüentes. Do ponto de vista de um único paciente isto pode parecer fácil, mas se lembrarmos que estas epidemias são explosivas, que a equipe de saúde ainda tem pouco domínio sobre o manejo destes pacientes e que o sistema de saúde está frágil e sucateado, veremos então o enorme risco para as nossas populações. Este trabalho é o somatório da revisão da literatura e da experiência adquirida no manejo dos pacientes com dengue no Manicípio de Niterói ao longo dos anos