Novos agentes antimicobacterianos
New antimycobacterial agents

J. bras. med; 82 (3), 2002
Publication year: 2002

A tuberculose (TB) é uma doença muito antiga. Há mais de 2.000 anos ela ainda permanece uma emergência pública global de saúde. A TB é uma infecção das vias aéreas, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Embora afete os pulmões, outros órgãos e tecidos podem também ser afetados. Esta epidemia de uma doença antiga, até recentemente em breve declínio no mundo ocidental, tem sido profundamente influenciada, reacendida e complicada pelo avanço de uma nova epidemia, a infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida (Aids/Sida). Embora as drogas corretamente utilizadas sejam efetivas na maioria dos pacientes, novos agentes que tenham maior ação bactericida e melhor tolerabilidade são necessários, porque as doenças micobactericidas freqüentemente requerem tratamento prolongados, com múltiplos regimes e variadas drogas. O maior problema da terapia na TB é a não-aderência do paciente ao regime prescrito. Tem sido visto algum progresso no aumento do espectro dos agentes antimicobactericidas, com a adição de novos membros. Os agentes considerados de primeira linha no combate à TB são isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol. Atualmente as principais classes de novos agentes antimicobacteridas incluem as fluoroquinolonas, macrolídeos, rifamicinas, carbapenêmicos, riminofenazinas e aminoglicosídeos. As fluoroquinolonas têm, seguramente, importante papel no tratamento de infecções bacterianas, porque possuem excelente atividade bactericida contra muitas micobactérias. Geralmente têm sido administradas em regimes que incluem outros agentes. Contudo, quando uma fluoroquinolona é encontrada como único agente ativo em regime multidroga, tem sido identificada pronta emergência de resistência à mesma, da mesma forma que quando é utilizada como monoterapia

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