A disfunção erétil (DE) é um problema comum na prática médica geral, com prevalência aumentada nos portadores de diabetes mellitus (DM). A DE consiste na incapacidade de se atingir e manter a ereção por tempo suficiente para o desenvolvimento de atividade sexual satisfatória. Sabendo-se que a ereção peniana advém predominantemente de um evento neurovascular, a DE no paciente com DM deve-se à insuficiência arterial, alteração do mecanismo veno-oclusivo e neuropatia autonômica, condições estas isoladas ou em associação. A maioria dos trabalhos relata que a DE é observada em 25 por cento a 75 por cento dos pacientes com DM. Há controvérsias quanto a faixa etária do portador de DM, a duração e a evolução do DM interferirem ou não na gênese da DE. O controle glicêmico é um fator fortemente associado com a prevalência de DE, sendo que a elevação dos níveis plasmáticos de hemoglobina glicosada é diretamente proporcional à DE, por aumentar a prevalência de neuropatia periférica. A associação do DM com outros fatores de risco e com outras co-morbidades deve alertar os médicos quanto à especial atenção requerida por este problema durante as consultas.