J. coloproctol. (Rio J., Impr.); 34 (1), 2014
Publication year: 2014
INTRODUCTION:
With improving survival of rectal cancer, functional outcome has become increasingly important. Following sphincter-preserving resection many patients suffer from severe bowel dysfunction with an impact on quality of life (QoL) - referred to as low anterior resection syndrome (LARS). STUDY OBJECTIVE:
To provide an overview of the current knowledge of LARS regarding symptomatology, occurrence, risk factors, pathophysiology, evaluation instruments and treatment options. RESULTS:
LARS is characterized by urgency, frequent bowel movements, emptying difficulties and incontinence, and occurs in up to 50-75% of patients on a long-term basis. Known risk factors are low anastomosis, use of radiotherapy, direct nerve injury and straight anastomosis. The pathophysiology seems to be multifactorial, with elements of anatomical, sensory and motility dysfunction. Use of validated instruments for evaluation of LARS is essential. Currently, there is a lack of evidence for treatment of LARS. Yet, transanal irrigation and sacral nerve stimulation are promising. CONCLUSION:
LARS is a common problem following sphincter-preserving resection. All patients should be informed about the risk of LARS before surgery, and routinely be screened for LARS postoperatively. Patients with severe LARS should be offered treatment in order to improve QoL. Future focus should be on the possibilities of non-resectional treatment in order to prevent LARS. (AU)
INTRODUÇÃO:
Com o aumento da sobrevida após câncer retal, o resultado funcional se tornou cada vez mais importante. Após ressecção com preservação do esfíncter, muitos pacientes sofrem de disfunção intestinal com um impacto sobre a qualidade de vida (QdV) - denominada síndrome da ressecção anterior baixa (LARS). OBJETIVO DO ESTUDO:
Fornecer uma visão geral do conhecimento atual da LARS com relação à sintomatologia, à ocorrência, aos fatores de risco, à fisiopatologia, aos instrumentos de avaliação e às opções de tratamento. RESULTADOS:
A LARS é caracterizada por movimentos intestinais repentinos e frequentes, dificuldades de esvaziamento e incontinência e ocorre em até 50-75% dos pacientes em longo prazo. Os fatores de risco conhecidos são anastomose baixa, radioterapia, lesão direta do nervo e anastomose direta. A fisiopatologia parece multifatorial, com elementos de disfunção anatômica, sensorial e da motilidade. O uso de instrumentos validados para avaliação da LARS é essencial. Atualmente, não há comprovações de tratamento da LARS. Ainda hoje, a irrigação transanal e a estimulação do nervo sacral são comprometidas. CONCLUSÃO:
A LARS é um problema comum após ressecção com preservação do esfíncter. Todos os pacientes devem ser informados sobre o risco de LARS antes da cirurgia, e o rastreamento da LARS deve ser rotineiro após a cirurgia. Pacientes com LARS severa devem receber tratamento para melhorar a QdV. O foco futuro deve ser nas possibilidades de tratamento sem ressecção a fim de evitar a LARS. (AU)