J. coloproctol. (Rio J., Impr.); 35 (4), 2015
Publication year: 2015
Objective:
To identify risk factors, diagnosis and prognosis associated with ischemic colitis, focusing mainly on patients undergoing surgery. Materials and methods:
This retrospective study included all patients admitted to the Centro Hospitalar de São João - E. P. E., diagnosed with ischemic colitis during the period from 2012 to 2013. Results:
The study included 154 patients; 118 were undergoing medical treatment, with a 12% mortality rate, and 36 were undergoing surgery, with a 61% associated mortality rate. Hypertension was the most common risk factor in both groups. The presence of a large num- ber of cardiovascular risk factors in both groups, such as hypertension and dyslipidemia, was recorded, but we still found no direct relationship with development of ischemic coli- tis. Comorbidities that affect blood flow, such as the presence of thrombi or aneurysms, do provide a worse prognosis and therefore require a more aggressive treatment. Conclusion:
The diagnosis of ischemic colitis is not always immediately established due to a nonspecific presentation. Surgical treatment should be reserved for severe cases with a worse prognosis associated.
RESUMO Objetivos:
Identificar fatores de risco, diagnóstico e prognóstico associados à colite isquémica, incidindo mais em doentes submetidos à cirurgia. Materiais e métodos:
O estudo retrospectivo incluiu todos os doentes admitidos no Centro Hospitalar de São João-E. P. E. com diagnóstico de colite isquémica durante o período de 2012 a 2013. Resultados:
O estudo incluiu 154 doentes; desses, 118 foram submetidos a tratamento médico, com uma taxa de mortalidade de 12%, e 36 foram submetidos a tratamento cirúrgico, com uma taxa de mortalidade associada de 61%. Hipertensão arterial foi o fator de risco mais comum em ambos os grupos. Foi registada a presença de grande número de fatores de risco cardiovasculares em ambos os grupos, como hipertensão arterial e dislipidemia, mas ainda não foi encontrada nenhuma relação direta com o desenvolvimento de colite isquémica. Comorbilidades que afetam o fluxo sanguíneo, como a presença de trombos ou aneurismas, fazem prever um pior prognóstico e, por isso, exigem maior agressividade no tratamento. Conclusão:
O diagnóstico de colite isquémica nem sempre é imediato, devido a uma apresentação pouco específica. O tratamento cirúrgico deverá ser reservado para casos mais severos, tendo pior prognóstico associado.