J. pediatr. (Rio J.); 92 (4), 2016
Publication year: 2016
Abstract Objective:
Research has shown that coparenting is a vital family mechanism in predicting mental health in children and adolescents. Considering the increasing prevalence of marital dissolution in Western societies, the objective of this systematic review was to summarize the key results of empirical studies that tested the association between mental health of children and coparenting after marital dissolution. Data source:
The studies were obtained from three databases (PsycInfo, PubMed, and Web of Knowledge), published between January 2000 and October 2014. The titles, abstracts, and key words of the generated citations were independently reviewed by two investigators to consensually select the articles that met the inclusion criteria. Articles that used psychometrically valid tools to measure at least one mental health indicator and at least one dimension of coparenting in samples with divorced parents were included in the review. Data synthesis:
Of the 933 screened articles, 11 met the inclusion criteria. Significant positive associations were found between coparental conflict and behavioral problems and symptoms of anxiety, depression, and somatization. Significant positive associations were also found between other specific dimensions of coparenting (coparental support, cooperation, and agreement), overall mental health, self-esteem, and academic performance. Conclusions:
The integrated analysis of these studies suggests that coparenting is a key mechanism within the family system for the prediction of child mental health after marital dissolution, and thus, it is recommended that pediatricians, psychologists, and other health professionals consider coparenting as a psychosocial variable for children's mental health assessment and diagnosis.
Resumo Objetivo:
A investigação tem demonstrado a coparentalidade como um dos mecanismos familiares centrais na predição da saúde mental em crianças e adolescentes. Considerando o aumento da prevalência da dissolução conjugal nas sociedades ocidentais, o objetivo desta revisão sistemática foi sumariar os resultados-chave de estudos empíricos que testaram a associação entre a saúde mental das crianças e a coparentalidade pós-dissolução conjugal. Fontes dos dados:
Foram triados estudos de três bases de dados (PsycInfo, Pubmed e Web ofKnowledge), publicados entre janeiro de 2000 e outubro de 2014. Os títulos, resumos e palavras-chave das citações geradas foram independentemente analisados por dois investigadores para selecionar consensualmente os artigos que cumpriam os critérios de inclusão. Foram incluídos artigos que utilizassem instrumentos psicometricamente válidos para medir pelo menos um indicador de saúde mental e pelo menos uma dimensão da coparentalidade em amostras com pais divorciados. Síntese dos dados:
Dos 933 artigos triados, 11 cumpriram os critérios de inclusão. Foram encontradas associações significativamente positivas entre o conflito coparental e problemas de comportamento e sintomas de ansiedade, depressão e somatização. Foram também encontradas associações significativamente positivas entre outras dimensões específicas da coparentalidade (suporte, cooperação e acordo coparentais) saúde mental global, autoestima e rendimento acadêmico. Conclusões A análise integradora destes estudos sugeriu que a coparentalidade é um mecanismo-chave dentro do sistema familiar para a predição da saúde mental infantil pós-dissolução conjugal, sendo recomendado que pediatras, psicólogos e outros profissionais de saúde considerem a coparentalidade como uma variável psicossocial na avaliação e diagnóstico da saúde mental em crianças.