Microbiological species and antimicrobial resistance profile in patients with diabetic foot infections
Perfil microbiológico e de resistência antimicrobiana no pé diabético infectado

J. vasc. bras; 13 (4), 2014
Publication year: 2014

Introduction:

Diabetic foot infections are a difficult problem to solve, often requiring hospitalization and exposing patients to the risk of amputations. Identification of the most prevalent pathogens is useful for administration of antibiotic therapy, and can reduce mutilations.

Objective:

To identify the microbiological profile and resistance to antimicrobial drugs in a series of patients with infected diabetic feet.

Material and methods:

an epidemiological, retrospective and descriptive study based on analysis of medical records from diabetic patients with plantar lesions who underwent surgical treatment over a 24-month period at a public hospital. Data were collected on age, sex, length of hospital stay, cultures from lesions, antibiotic therapy administered, bacterial resistance and surgeries conducted, with statistical analysis of means and standard deviations.

Results:

There were 66 admissions of diabetic patients, the majority elderly people (77%). Hospital stays ranged from 2 to 29 days, with a mean of 12.42. There were 91 surgical procedures, resulting in some kind of amputation in 65% of cases. The most common bacterial group was enterobacteria (47%), followed by staphylococci (27%). Three patients (4.5%) had multi-resistant organisms. Resistance to clindamycin was the most common at 39 admissions (59%), followed by resistance to cephalexin, seen in 24 admissions (36%).

Conclusions:

Diabetic foot infections were most often caused by germs found in the community, in particular the enterococci. Bacterial resistance was very widespread and was most commonly associated with drugs for oral administration, in particular clindamycin and cephalexin. .

Introdução:

As infecções no pé diabético são um problema de difícil solução, que costumam exigir internação hospitalar e expõem os pacientes ao risco de amputações. Determinar os patógenos mais prevalentes auxilia na escolha de antimicrobianos, podendo reduzir mutilações.

Objetivo:

Determinar o perfil microbiológico e a resistência a antimicrobianos em uma série de pacientes com pé diabético infectado.

Material e métodos:

estudo epidemiológico, retrospectivo e descritivo, através da análise de prontuários de pacientes diabéticos, com lesões plantares, submetidos a tratamento cirúrgico, num período de 24 meses, em um hospital público. Foram coletados dados referentes a idade, sexo, tempo de internamento, cultura da lesão, antimicrobianos utilizados, resistência bacteriana e cirurgias realizadas, com análise estatística da média e desvio padrão.

Resultados:

Em 66 internações de pacientes diabéticos, na maioria de idosos (77%), o tempo de internação variou de 02 a 29 dias, com média de 12,42; exigiram-se 91 procedimentos cirúrgicos, resultando algum tipo de amputação em 65% dos casos. O grupo de bactérias mais frequente foi das enterobactérias (47%), seguido por estafilococos (27%). Três pacientes (4,5%) apresentaram germes multirresistentes. Dentre os antimicrobianos utilizados, a clindamicina foi o que apresentou resistência no maior número de vezes, em 39 internações (59%), seguido da cefalexina, em 24 internações (36%).

Conclusões:

As infecções no pé diabético estiveram mais relacionadas a germes encontrados na comunidade, em especial os enterococcus. A resistência bacteriana foi bastante ampla, sendo mais comumente associada a drogas de uso oral, em particular clindamicina e cefalexima. .

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