Pacto de desmame e angústia de separação
Wean pact and anguish separation
Mudanças; 8 (13), 2000
Publication year: 2000
Houve uma ocasião em que a mãe comentou, durante uma sessão de observação, sobre amamentação: Mas depois que ele nasceu, eu tinha medo de que não tivesse adiantado. Durante a observação, por algum tempo, notamos que a linguagem da mãe, ao referir-se ao nascimento do seu filho, era produto de uma atuação sobre algo que era muito difícil de ser pensado. Tinha medo de que seu leite não fosse suficiente. O que chamamos de pacto foi uma decisão que a mãe estabeleceu para si mesma, de que desmamaria o filho quando este completasse oito meses. No interjogo da separação do seu vestido de noiva , tivemos ocasião de observar como a mãe podia ter indecisões, mudar de idéia diante das circunstâncias representativas de processos mentais importantes de sua vida. Suas impressões eram de que ele não comia o sobre si mesmo e, de uma golfada só, uma quantidade enorme de sopa e suco por todo suficiente ou de que nenhuma comida fornecida pela mãe o sustentava. Em certa ocasião, o filho vomitou no colo da mãe. Num gesto de fuga, de modo semelhante, a observadora intercedeu, perguntando se a mãe precisava de ajuda para se limpar, pois a própria observadora sentiu desejo de sair dali para aliviar a tensão.