Psicoterapia breve como uma psicanálise da representação dos afetos
Psychoanalysis of affection representation in brief psychotherapy

Mudanças; 9 (15), 2001
Publication year: 2001

A função básica da psicoterapia para muitos pacientes se resume a melhorar a percepção de realidade de si e do outro.

Alguns modelos de mudança psíquica incluem:

o modelo cognitivo; o da ressonância; da estrutura de campo; da interdependência da adaptação em diferentes setores; e, mais recentemente, o modelo de espaço triangular no desenvolvimento e na elaboração mental. Em psicoterapia há uma regressão à dependência que necessita de holding de forma mais viva. Deve-se fazer psicanálise quando houver o diagnóstico de que o paciente necessita de psicanálise e psicoterapia nos demais casos. O analista é obrigado, em situações de emergência, a cancelar uma sessão, mas nunca deve se furtar de falar sobre os sentimentos que despertou no paciente com essa falha. Winnicott conta o caso de uma paciente que falava de sua necessidade de entrar em contato físico com ele; sobre a necessidade de se vincular ao objeto de modo pessoal e integral. Há pacientes que admitem precisar de uma sensação de espaço que os proteja da experiência de serem invadidos pelo analista. As funções da interpretação são muitas, e, na clínica do setting, são frequentes vivências de colapso, de despedaçar-se, de explodir e ficar em pedaços. Muitas vezes, diante de uma situação traumática de abandono, um paciente pode parar de falar e se apresentar com a necessidade extrema de ser encontrado e cuidado

More related