A pesquisa caracterizou-se de campo, exploratória, visto que se restringiu a uma amostragem reduzida e por acessibilidade. Não se desejou obter um perfil do idoso de uma forma geral e tampouco fazer generalizações. Teve como objetivos a investigação das relações entre níveis de adaptação emocional e qualidade de vida de idosos. Verificar relações entre qualidade de vida de idosos e características de vínculos afetivos. A amostra foi composta por 10 pacientes idosos, em atendimento ambulatorial na Clínica Médica - Serviço de Geriatria do Instituto Central do Hospital das Clínicas - FMUSP.

Os instrumentos utilizados foram:

Entrevista Clínica - Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada (EDAO); ABIPEME; SF-36 - Questionário de Qualidade de Vida; e Questionário Desiderativo. Os dados foram avaliados quantitativa e, posteriormente, qualitativamente, de acordo com o referencial psicanalítico. Resultados mostraram que 80 por cento dos pacientes estudados apresentam condições de adaptação eficaz, o que corresponde ao item qualidade de vida. Embora não sendo proposta nos objetivos a diferenciação de gêneros, foi constatado que os homens apresentaram melhor condição emocional e de qualidade de vida que as mulheres. Vale a pena ressaltar que 90 por cento dos idosos estudados não apresentaram depressão, embora, este item não tenha sido proposto como critério de avaliação. Deve-se destacar que uma das mulheres encontrava-se em crise, com adaptação ineficaz severa. Concluiu-se que 80 por cento deste grupo vive de forma saudável, buscando soluções para suas limitações; mantêm contatos familiares e sociais, atividades que tragam satisfação e bem-estar.