O artigo objetiva discutir a proposta de trabalho em grupo operativo como tecnologia para a gestão do conhecimento, aplicada ao ensino e à prática das profissões da área da saúde. A autora considera que na atual conjuntura existem enormes contradições. De um lado encontra-se uma grande maioria de excluídos pertencentes a grandes agrupamentos sociais, que não têm acesso a benefícios mínimos nas condições de vida e de educação e, de outro lado, existe uma oferta de tecnologias, cada vez mais avançadas, que beneficiam minorias populacionais, gerando iniqüidades. Assinala que, nesse contexto, a gestão do conhecimento para a produção de atos cuidadores não é neutra. Apropriando-se da concepção de grupo operativo, tal e qual desenvolvida por Enrique Pichón-Rivière, defende a tese de que as intervenções grupais possuem um caráter potencializador, cooperativo e oportuno quanto à possibilidade de produzir e gerir conhecimentos direcionados à introdução de mudanças concretas nos microespaços de trabalho das instituições de saúde, a partir do exercício do pensamento e da ação crítica, aderentes a um projeto ético-político que avance na direção de uma sociedade que qualifique ao máximo a vida, como usufruto de uma maioria de cidadãos