O presente estudo teve como objetivos identificar a percepção do paciente hipertenso com relação a possível alteração na função sexual causada pela ação da terapêutica medicamentosa; identificar quais atitudes foram tomadas pelos pacientes hipertensos na vigência de alterações na função sexual, e verificar possíveis associações entre a percepção da disfunção sexual dos pacientes com as variáveis sexo e alterações emocionais. A população constou de 60 pacientes de um hospital especializado em cardiologia. Para a obtenção dos dados, utilizou-se a técnica da entrevista através de um formulário semi-estruturado, e para o acesso aos problemas relativos a sexualidade, foram adotados como estratégia metodológica os padrões de respostas humanas segundo a NANDA, o que permitiu efetiva abordagem sobre o tema.

Quanto ao trabalho foram obtidos os seguintes resultados:

com respeito à percepção de alterações na função sexual em decorrência da terapêutica anti-hipertensiva foi referida por 53,3 por cento dos pacientes. Em relação as atitudes tomadas pelos 32 pacientes que referiram alterações na função sexual, 50 por cento procurou o médico, 25 por cento não solicitou auxílio, 15,6 por cento não falou com o médico sobre a impotência imediatamente instalada, 11,5 por cento procurou especialistas e 3,1 por cento procurou o farmacêutico. Em se tratando de análise estatística da associação de queixa de disfunção sexual com as variáveis independentes foi significante para as variáveis sexo masculino e para os pacientes que apresentavam alterações nas emoções