Os flavonóides têm se tornado cada vez mais evidentes devido aos efeitos benéficos à saúde, sendo destacada a sua função nas dislipidemias. São oxidantes polifenólicos encontrados nos alimentos, principalmente nas verduras, frutas, grãos, sementes como o cacau, castanhas, condimentos e ervas e também em bebidas como vinho e chá. Inibem a oxidação do LDL, diminuindo a aterogenicidade e conseqüentemente, o risco de doença coronariana, além de sua ação antioxidante. Este trabalho, elaborado a partir de uma revisão bibliográfica, visa avaliar a eficácia dos flavonóides nas dislipidemias, verificando se é possível diminuir os níveis de concentrações lipídicas plasmáticas e atuar como antioxidante evitando assim a aterogenicidade, aterosclerose. O consumo de flavonóides demonstrou uma diminuição dos triglicerídeos no plasma, da concentração do colesterol total, dos níveis de LDL e aumento ou inalteração do HDL. O mecanismo de ação pode ser explicado por meio da regulação dos receptores de LDL, do aumento do turnover da apolipoproteína B do LDL e da estabilização da membrana tecidual, uma vez que houve uma diminuição da fluidez lipídica dessa membrana. Estudos recentes demonstraram que os flavonóides inibem a atividade da enzima squalene epoxidase, essencial na síntese do colesterol. Concluiu-se que os flavonóides presentes da dieta podem estar envolvidos na prevenção da aterosclerose, mas ainda existem algumas controvérsias, sendo necessários mais estudos para que todo o mecanismo de ação seja esclarecido e sua eficácia comprovada