Fadiga é uma síndrome com prejuízos nas esferas física, cognitiva, emocional e espiritual dos doentes. É o sintoma prevalencente, o de maior duração e o que mais afeta a qualidade de vida entre os doentes recebendo cuidados paliativos. Apesar disso, poucas vezes intervenções para seu controle são oferecidas aos doentes. Os profissionais se esquecem de que fadiga intensa dificulta ou mesmo impede os doentes de realizarem as atividades básicas de autocuidado, como comer ou tomar banho, de receberem conforto emocional e espiritual, e de cuidarem de outros sintomas. É preciso ter energia até para conversar e ser consolado. As dificuldades quanto à definição e avaliação da fadiga, dos fatores envolvidos na sua gênese e dos melhores meios para seu controle, fazem com que o conhecimento disponível sobre o tema seja ainda insuficiente. Intervenções para o controle da fadiga são de natureza física, dietética, emocional, farmacológica e espiritual. Os profissionais devem educar-se e ficar cientes de que, apesar das lacunas. É possível melhorar o controle da fadiga em muitos doentes.