Neste trabalho, os autores se propõem a fazer uma reflexão ética a respeito da situação do idoso e da humanização da velhice. Seu ponto é a constatação de indicadores de desequilíbrio social a afligir os idosos, no Brasil e no mundo, ocasionando dilemas éticos insustentáveis para os profissionais da saúde e para a sociedade. Diante dessa evidência, questionam-se sobre a atuação dos possíveis rsponsáveis pelo cuidado humanizado na velhice: o Estado, a sociedade, a família e o próprio idoso. E sugerem que as questões relativas ao significado e ao sentido da vida na velhice, assim como a exclusão social do idoso nos diferentes segmentos sociais, sejam repensadas. Acreditam na possibilidade de proporcionar uma vida mais digna a essas pessoas, desde que haja um trabalho interdisciplinar e participação da sociedade. Sabemos que, nessa etapa da vida, há a interferência de fatores limitantes da várias ordens. No entanto, é possível encontrar caminhos para mudar a situação, desde que todos se disponham a colaborar. Felizmente a reflexão avança, na medida que estimula os profissionais da saúde, juntamente com a sociedade, a debater o contexto e a qualidade de vida do idoso.