Reprodutibilidade da contração voluntária máxima de preensão manual em hipertensos adultos
Reproducibility of handgrip maximal voluntary contraction in adult hypertensive
Rev. bras. ativ. fís. saúde; 19 (5), 2014
Publication year: 2014
Estudos de metanálise têm indicado que o treinamento isométrico de handgrip promove redução importante da pressão arterial em hipertensos. Como a prescrição do treinamento é baseada no percentual da contração voluntária máxima (CVM), torna-se importante identificar os indicadores de reprodutibilidade dessa variável em hipertensos. Portanto, o objetivo do presente estudo foi analisar os indicadores de reprodutibilidade do teste da CVM de preensão manual de indivíduos hipertensos. Treze hipertensos com idade entre 45 e 78 anos, sem experiência com teste da CVM de preensão manual, participaram do presente estudo. A força de preensão manual foi obtida em dois dias distintos no mesmo horário e com intervalo de sete dias. Para tanto, foi utilizado um dinamômetro com display digital ajustável e calibrado com escala de 0 a 100 kgf. Foi observada diferença significante entre os dois dias, com variação média de 1kgf (p<0,05). O coeficiente de correlação intraclasse variou de 0,986 a 0,989, enquanto que o coeficiente de variação de 3,0 a 3,5%. A análise de Bland-Altman demonstrou boa concordância entre os dias. Em ambos os braços foi observada diferenças estatisticamente significante entre a primeira tentativa no Dia 1 com as demais tentativas (p<0,05), enquanto nenhuma diferença significante foi observada entre a segunda e a terceira tentativa (p>0,05). Em conclusão, os resultados deste estudo indicam que a medida da CVM de preensão manual em indivíduos com hipertensão apresenta bons indicadores de reprodutibilidade, e, apenas um dia de teste, com pelo menos duas tentativas, é necessário para identificação da força máxima no teste.
Meta-analysis studies have indicated that isometric handgrip training promotes significant reduction in blood pressure in hypertensive. As the training prescription is based on the percentage of maximum voluntary contraction (MVC), it becomes important to identify indicators of reliability of this variable in hypertensive individuals. Therefore, the aim of the present study was to analyze the reliability of MVC test in hypertensive patients. Thirteen hypertensive individuals aged 45 to 78 years with no experience with handgrip MVC evaluation participated in the study. MVC was obtained in two separate days at the same time and with an interval of at least seven days between them. An adjustable and calibrated dynamometer with digital display ranging between 0-100 kgf was used. Significant difference between days was observed with an average variation of 1kgf (p<0.05). The intraclass correlation coefficient ranged from 0.986 to 0.989, while the coefficient of variation from 3.0 to 3.5%. Bland-Altman analysis showed good agreement between days. In both arms statistically significant differences were observed between the first trial on Day 1 with the other trials (p<0.05), whereas no significant difference was observed between the second and third trial (p>0.05). In conclusion, the results of this study indicate that the extent of handgrip CVM in individuals with hypertension presents good indicators of reproducibility, and just one day of testing composed of at least two trials is required to identify the maximal handgrip strength.