Fishers' resource mapping and goliath grouper Epinephelus itajara (Serranidae) conservation in Brazil
Neotrop. ichthyol; 7 (1), 2009
Publication year: 2009
Goliath grouper (Epinephelus itajara) aggregations and relative abundances were described and mapped through the use of fishermen's local ecological knowledge in Babitonga Bay in southern Brazil. Six well-experienced informants were asked to individually provide information about goliath grouper abundance and distribution, drawn over a satellite image of the study area, which was later overlaid and gathered into a final map. According to our informants, the goliath grouper occurs along a broad salinity and depth range, from shallow estuarine areas (less than 5 m deep) with high freshwater input (smaller individuals, up to 150 kg) to coastal marine-dominated environments (at least 35 m deep); (larger individuals more common, frequently reaching more than 300 kg). Fishermen referred to goliath groupers inhabiting hard substrates such as rocky reefs around islands and continental shores, submerged rocky outcrops and shipwrecks (juveniles and adults). At least two aggregation sites mapped (ranging from 2 to 60 individuals) could be concluded as spawning aggregation sites through evidence of high abundance and spawning activity. Priority research and conservation targets were identified and discussed for Babitonga Bay (e.g., design of a tagging experimental program and establishment of a marine protected area). Fishers' resource mapping provided a means of exchanging information among various disciplines while maintaining methodological rigor in a clear and straightforward way of presenting fishers' knowledge. The use of fishers' sketch maps is a promising tool for marine conservation in Brazil, with special regard to adaptive co-management regimes, where frequent environmental re-evaluations are needed.(AU)
A abundância relativa e agregações de meros Epinephelus itajara foram descritas e mapeadas através do conhecimento ecológico local de pescadores da baía Babitonga, sul do Brasil. Seis informantes muito experientes desenharam individualmente sobre uma imagem de satélite da área de estudo informações sobre abundância e distribuição de meros, seguindo-se de uma sobreposição das imagens em um mapa final. O mero ocorre ao longo de uma larga faixa de salinidade e profundidade (principalmente juvenis), de áreas estuarinas rasas (menos que 5 m de profundidade) com alta incidência de água doce, até ambientes costeiros marinhos (ao menos até 35 m de profundidade); (indivíduos maiores são mais comuns, alcançando mais de 300 kg). A espécie é também encontrada habitando substratos consolidados como recifes rochosos ao redor de ilhas e continente, parcéis submersos e emersos e naufrágios. Ao menos duas das agregações mapeadas (variando de dois a 60 indivíduos observados) puderam ser consideradas agregações reprodutivas através de evidências de alta abundância e atividade reprodutiva. Ações de pesquisa e conservação foram identificadas e discutidas para a baía Babitonga. O mapeamento de recursos possibilitou uma forma de trocar informações entre várias disciplinas, mantendo rigor metodológico e apresentando o conhecimento dos pescadores em uma forma clara e direta. O uso do mapeamento é uma ferramenta promissora para a conservação marinha, com atenção especial para abordagens de co-gestão adaptativas, onde frequentes reavaliações ambientais são necessárias.(AU)