Calcium fluxes in Hoplosternum littorale (tamoatá) exposed to different types of Amazonian waters

Neotrop. ichthyol; 7 (3), 2009
Publication year: 2009

Fishes that live in the Amazonian environment may be exposed to several kinds of waters:

"black waters", containing high dissolved organic carbon and acidic pH, "white waters", with ten fold higher Ca2+ concentrations than black waters and neutral pH, and "clear waters", with two fold higher Ca2+ concentrations than black waters and also neutral pH. Therefore, the aim of the present study was to analyze Ca2+ fluxes in the facultative air-breather Hoplosternum littorale (tamoatá) exposed to different Amazonian waters. Fishes were acclimated in well water (similar to clear water) and later placed in individual chambers for Ca2+ fluxes measurements. After 4 h, water from the chambers was replaced by a different type of water. Transfer of tamoatás to ion-poor black or acidic black water resulted in net Ca2+ loss only in the first 2 h of experiment. However, transfer from black or acidic black water to white water led to only net Ca2+ influxes. The results obtained allowed us to conclude that transfer of tamoatás to ion-poor waters (black and acidic black water) led to transient net Ca2+ loss, while the amount of Ca2+ in the ion-rich white water seems adequate to prevent Ca2+ loss after transfer. Therefore, transfer of tamoatás between these Amazonian waters does not seem to result in serious Ca2+ disturbance.(AU)

Os peixes que vivem na Amazônia são expostos a vários tipos de água:

águas pretas, contendo grande quantidade de carbono orgânico dissolvido, águas brancas, com concentração de Ca2+ dez vezes maior que as águas pretas e pH neutro, e águas claras, com concentração de Ca2+ duas vezes maior que as águas pretas e pH também neutro. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar o fluxo de Ca2+ no peixe de respiração aérea facultativa Hoplosternum littorale (tamoatá) exposto a diferentes tipos de águas amazônicas. Os peixes foram aclimatados em água de poço artesiano (semelhante à água clara) e depois colocados individualmente em câmaras para medir o fluxo de Ca2+. Após 4 h, a água das câmaras foi trocada por um tipo diferente de água. A transferência do tamoatá das águas pobres em íons água preta e preta ácida ou da água branca, rica em íons, para as águas preta e preta ácida, pobres em íons, resulta em uma perda de Ca2+ apenas nas duas primeiras horas de experimento. Entretanto, a transferência da água preta e preta ácida, para a água branca resulta em um influxo de Ca2+. Os resultados obtidos nos permitem concluir que a transferência do tamoatá para as águas preta e preta ácida, pobres em íons, leva a uma temporária perda de Ca2+, e a quantidade de Ca2+ na água branca, rica em íons, é adequada para prevenir sua perda após a transferência. Sendo assim, a transferência do tamoatá entre as águas estudadas não resulta em sérios distúrbios no Ca2+.(AU)

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