Efeitos de uma terapia cognitivo-motora em idosos institucionalizados
Effects of a cognitive-motor therapy in institutionalized older subjects

Rev. bras. ativ. fís. saúde; 19 (5), 2014
Publication year: 2014

As instituições de longa permanência representam uma alternativa no cuidado de idosos onde a família não consegue garantir uma assistência adequada. A aplicação de abordagens terapêuticas é fundamental para almejar índices adequados de saúde desta população. Nesta perspectiva, o objetivo desta pesquisa foi investigar os efeitos de três meses de exercícios com estimulação cognitivo-motora sobre as funções cognitivas, a mobilidade e a independência funcional de idosos institucionalizados. Sob um ensaio clínico controlado, 15 sujeitos foram alocados entre grupo experimental e controle. Para avaliação dos sujeitos, foram aplicados os seguintes instrumentos: Mini-Exame do Estado Mental, Teste de Fluência Verbal, Bateria de Avaliação Frontal e Teste do Desenho do Relógio para análise das funções cognitivas; Escala de Equilíbrio Funcional de Berg e Teste Timed Up and Go para verificação da mobilidade, e; Escala de Atividades da Vida Diária de Katz e Índice de Pfeffer para mensuração da independência funcional. O procedimento estatístico envolveu a aplicação de análises de medidas repetidas, sob significância de 5%. A verificação do tamanho do efeito se deu através do eta ao quadrado parcial (ƞ2ƿ) e do poder estatístico. Quanto aos resultados, os achados vislumbram benefício promovido pelo exercício sobre índices de mobilidade (p=0,001; ƞ2ƿ=0,678; poder=99,78%) e funcionalidade (p=0,047; ƞ2ƿ=0,588; poder=66,44%), mas não sobre as funções cognitivas dos sujeitos (p=0.831; ƞ2ƿ=0.138; power of 9.99%). A terapia cognitivo-motora apresentou eficácia sobre índices físicos, mas não evidenciou efeitos sobre as variáveis cognitivas.
Long-term care institutions represent an alternative to older subjects whose families cannot ensure proper needs. The application of therapeutic approaches is essential to target suitable health indices for this population. In this perspective, the aim of this study was to investigate the effects of three month cognitive-motor exercises on cognitive function, mobility and functional independence of institutionalized older adults. In a controlled clinical trial, 15 subjects were allocated into experimental and control group. Regarding the assessment of the subjects, the following instruments were applied: Mini-Mental State Examination, Verbal Fluency Test, Frontal Assessment Battery and Clock Drawing Test for analyzing cognitive functions; Berg Balance Scale and Timed Up and Go Test to verify mobility, and; Katz Daily Living Activities and Pfeffer Index for measurement of functional independence. The statistical procedures involved the application of the general linear model for repeated measures (multivariate and univariate analyses), with a 5% threshold for significance. The partial eta square (ƞ2ƿ) and power analyses were included to estimate the magnitude of effect. Regarding the results, the findings showed benefits promoted by the exercise on mobility (p = 0.001; ƞ2ƿ = 0.678; power of 99.78%) and functionality (p = 0.047; ƞ2ƿ = 0.588; power of 66.44%), but not on cognitive functions (p = 0.517; ƞ2ƿ = 0.257; power of 19.00%). Univariate analyzes reinforce this pattern and give the basis for asserting that the cognitive-motor exercise program has shown effectiveness on physical indices of institutionalized older subjects, showed no effects on cognitive variables.

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