Aconselhamento em doenças sexualmente transmissíveis na atenção primária: percepção e prática profissional
Counseling about sexually transmitted diseases in primary care: perception and professional practice
Acta paul. enferm; 28 (6), 2015
Publication year: 2015
Objetivo Compreender percepção dos profissionais sobre a prática do aconselhamento em doenças sexualmente transmissíveis/HIV na atenção primária. Métodos Estudo qualitativo realizado com enfermeiros e médicos que atuam na atenção primária de saúde. A coleta de dados ocorreu mediante a técnica grupo focal, ancorada no Reporting Pesquisa Qualitativa - COREQ. A análise dos dados foi submetida aos passos da Fenomenologia Social, Alfred Schütz, evidenciando-se as categorias do estudo. Resultados Os profissionais realizam o aconselhamento de forma reduzida baseada na orientação para prevenção de doenças. Essa prática está inserida no planejamento familiar e atividades escolares. O acesso do usuário com doença sexualmente transmissível é marcado por procura mínima. No acolhimento, apontou-se a priorização do atendimento dos casos. Constataram-se sensação de despreparo e insegurança na comunicação do resultado de exames, dificuldades para o aconselhamento na visita domiciliar, manutenção do sigilo e da privacidade de informações dos usuários. Conclusão Os profissionais percebem o aconselhamento como uma prática relevante, porém acompanhada de limitações e barreiras na realização.
Objective To understand professionals perception of counseling about sexually transmitted diseases and HIV in primary care. Methods Qualitative study conducted among nurses and physicians in primary care. The data were collected through the focus group technique, anchored by the Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research (COREQ). Data analysis was performed by using the steps of social phenomenology of Alfred Schütz, which showed the categories of the study. Results The professionals perform counseling in a reduced form based on the orientation for disease prevention. This practice is part of family planning and school activities. User access to sexually transmitted disease is marked by minimum demand. The priorities cases to receive care are emphasized. The professionals feel themselves unprepared and insecure in reporting test results and difficulties in counseling during home visits and maintaining confidentiality and privacy of user information. Conclusion The professionals perceive counseling as an important practice but find limitations and barriers to conducting counseling.