Corrida em piscina funda promove manutenção da pressão arterial ao longo de cinco anos
Deep water running promotes maintenance of blood pressure over five years

Rev. bras. ativ. fís. saúde; 20 (6), 2015
Publication year: 2015

O objetivo do presente estudo foi identificar o comportamento da pressão arterial sistólica, diastólica e média de repouso e máxima durante cinco anos de treinamento de corrida em piscina funda. A amostra foi composta por 39 indivíduos de meia idade, que foram divididos no grupo normotenso (43,6±7,38 anos, 120,00±11,54/80,00±10,00 mmHg, n=17) e hipertenso (59,27±7,00 anos, 126,92±11,82/85,41±8,90 mmHg, n=22). Os sujeitos treinaram duas vezes por semana (45 minutos por sessão) de março a dezembro. O treinamento foi prescrito pela escala de esforço percebido de Borg (6-20) com o objetivo de promover ganhos cardiorrespiratórios. A avaliação cardiovascular foi realizada anualmente por um período de cinco anos, e os resultados de pressão arterial em repouso e máximo foram avaliados. Para análise dos dados, os testes de Shapiro-Wilk, Levene e ANOVA two-way com post-hoc de Bonferroni (α=0,05) foram utilizados. A pressão arterial sistólica, diastólica e média de repouso apresentaram uma manutenção ao longo dos cinco anos de treinamento em ambos os grupos, e os hipertensos tiveram os maiores valores. A pressão arterial sistólica máxima apresentou um decréscimo significativo do terceiro para o quarto ano em ambos os grupos, enquanto que a pressão diastólica e média máxima apresentaram uma manutenção ao longo do treinamento. Conclui-se que a prática de corrida em piscina funda promove uma manutenção dos valores da pressão arterial de repouso e máxima, em indivíduos normotensos e hipertensos. Este resultado é de grande relevância clínica, pois o avanço da idade tende a elevar os valores de pressão arterial, podendo resultar em doenças cardiovasculares.
The aim of this study was to identify the response of resting and maximal systolic, diastolic and mean blood pressure during five years of deep water running training. The sample was composed by 39 middle-aged individuals, which were divided in the normotensive (43.6±7.38 years, 120.00±11.54/80.00±10.00 mmHg, n=17) and hypertensive group (59.27±7.00 years, 126.92±11.82/85.41±8.90 mmHg, n=22). Subjects trained twice a week (45 minutes per session) from March to December. Training was prescribed by scale of perceived exertion of Borg (6-20) in order to promote cardiorespiratory gains. Cardiovascular assessment was performed annually for five years, and maximum and rest blood pressure were evaluated. For data analysis, Shapiro-Wilk, Levene, ANOVA two-way and Bonferroni’s post-hoc (α=0.05) were used. The rest systolic, diastolic and mean blood pressure showed a maintenance during five years in both groups, and hypertensives had higher values . The maximal systolic blood pressure showed a significative decrease from the third to fourth year in both groups, whereas diastolic and mean blood pressure showed a maintenance during training. We conclude that deep water running promotes a maintenance of rest and maximal blood pressure values in normotensive and hypertensive individuals. This result is of great clinical relevance, because advancing age tends to increase blood pressure values, which can result in cardiovascular disease.

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