A fonte que nunca seca: o trabalho cotidiano de mulheres com a água no semiárido
The source that never dries: women's daily work with water in the semiarid
La fuente que nunca se agota: el trabajo femenino con el agua en lo semiárido
Pesqui. prát. psicossociais; 10 (1), 2015
Publication year: 2015
O presente trabalho constitui uma reflexão sobre metodologias participativas aplicadas a famílias beneficiadas por projetos relativos a políticas públicas de desenvolvimento, em regiões onde há escassez de água. O estudo tem foco nas mulheres do interior da Paraíba, estado do Nordeste brasileiro, numa região do semiárido. A abordagem foi elaborada a partir dos questionamentos da metodologia participativa feminista, levando em consideração as questões de gênero na utilização da água, apoiando-se nos estudos culturais do cotidiano e na crítica que se funda na "colonialidade" da dimensão do desenvolvimento, que, muitas vezes, não contempla o trabalho feminino, mantidas as tarefas tradicionais, consideradas "naturais" para a mulher.
The present article constitutes in a contribution on participatory methodologies applied to families benefited by projects related to public policies on the development in regions where there is water scarcity. The study has focus on women from the interior of Paraíba state, in the Semi-arid region of the northeastern Brazil. The conceptual framework is based on feminist participatory methodology issues, considering gender aspects in water use, relying on the cultural studies of the daily life and on the criticism founded on the "coloniality" of the development dimension, which often do not include female labor, maintaining traditional tasks considered "natural" for women.
Este artículo presenta una reflexión sobre metodologías participativas aplicadas a las familias beneficiadas por proyectos relacionados con el desarrollo de políticas públicas en areas donde hay escasez de agua. El estudio se centra en las mujeres del interior del estado de Paraíba, en el nordeste del Brasil en la región semiárida. El enfoque fue desarrollado con base en la metodología participativa feminista, teniendo en cuenta las cuestiones de género en el uso del agua, basándose en los estudios de la vida cotidiana y en la crítica cultural que se funda en la "colonialidad" de la dimensión de desarrollo que a menudo no incluyen la mano de obra femenina, el mantenimiento de las tareas tradicionales consideradas "naturales" para las mujeres.