O estresse na pesquisa epidemiológica: o desgaste dos modelos de explicação coletiva do processo saúde-doença
Stress in epidemilogical research: the wear of collecive models of explanation of the health-illness process
Physis (Rio J.); 15 (supl), 2005
Publication year: 2005
São enfocadas as dificuldades do instrumento epidemiológico em lidar com as questões postas pelos problemas contemporâneos de saúde, nos quais o conceito de estresse encontrará ampla difusão. Assim, apresenta-se uma discussão sobre o arcabouço teórico-conceitual da teoria do estresse e seus desdobramentos. Além disso, são assinaladas as limitações do método e dos modelos epidemiológicos disponíveis, ao abordarem: 1) manifestações cuja previsibilidade não é delimitável; 2) fenômenos que se encontram em níveis hierárquicos distintos. Nesses casos, a teorização subjacente à noção de risco, utilizada para explicar o adoecer referido ao nível individual, mostra-se insuficiente. A complexidade do processo saúde-doença demanda outro paradigma epistêmico que permita ao sujeito da ciência epidemiológica desenvolver outras formas de demarcar e compreender seu objeto.
The article focuses on the difficulties the epidemiological instrument faces when dealing wih questions posed by contemporary health problems, in which the concept of stress finds broad diffusion. Thus there is a discussion about the theoretical-concepual framework of the theory of stress and its developments. Besides, the text points out the limitation of the method and of the available epidemiological models when they talk about: 1) manifestations whose predicability cannot be delimited; 2) phenomena placed in different hierarchic levels. In such cases, the theorization underlying the notion of risk, used to explain sickliness at the individual level proves to be insufficient. The complexity of the health-illness process demands another epistemological paradigm which allows the subject of the epidemiological research develop other ways of demarcating and understanding its object.